segunda-feira, 23 de novembro de 2009

uma garota pode sonhar



Pulei para o banheiro, minhas emoções irreconhecíveis. Eu não me conhecia, por dentro ou por fora. O rosto no espelho era praticamente estranho a mim - olhos brilhantes demais, pontos febris de vermelho nas maçãs do rosto. Tentei respirar normalmente, sem nenhum sucesso perceptível.
...eu te amo... sussurrei.
...agora você é a minha vida... respondeu ele, simplesmente.
Não havia nada mais a dizer naquele momento.

Ele beijou lentamente meu pescoço, parando perto do canto da minha boca.
Depois ele pegou meu rosto nas mãos quase com indelicadeza e me beijou, os lábios inflexíveis movimentando-se nos meus.

Sua beleza era absolutamente surreal.
Ele sorriu com malícia. Trinquei os dentes e fiquei obstinadamente sentada ali, de braços cruzados, sentindo uma pontada secreta de presunção.
Ele voltou toda a força de seus olhos brilhantes e abrasadores para mim... divirta-me, insistiu.
Seus olhos derreteram toda a minha fúria... eu cedi, suspirando.

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